sábado, agosto 20, 2016

O Partido Socialista e as Eleições Presidenciais


O Partido Socialista e as Eleições Presidenciais
O Partido Socialista é o maior partido português. É a organização social e política maior e mais bem estruturada. Tem história, tem regras, tem estatutos e tem princípios. É o garante da democracia e da liberdade. No poder ou na oposição, é e foi determinante na história recente de Portugal. Provocou o 25 de abril, e desde aí esteve sempre na maior parte dos lugares políticos e de governação de Portugal.

No entanto, quando se trata do lugar maior, o lugar de Presidente da República, o Partido Socialista não se consegue organizar, e falha nas eleições presidenciais. Aconteceu com Salgado Zenha, aconteceu com Mário Soares e Manuel Alegre, e aconteceu com Maria de Belém.
Maria de Belém, figura incontornável no PS, militante de base que sempre esteve presente em lugares de destaque da política nacional, incluindo duas vezes ministra, candidatou-se a Presidente da República, e o partido não a apoiou.

Sampaio da Nóvoa, que nunca foi pública, assumida e declaradamente socialista, candidatou-se a Presidente da República, e o Partido Socialista, apesar de não lhe declarar oficialmente apoio, esteve sempre presente na sua candidatura, apoiando-o oficiosamente.
Como se justifica que uma pessoa que sempre dedicou a sua vida à causa socialista não beneficie disso, e por outro lado, quem nunca o fez seja pessoalmente beneficiado por esta enorme estrutura organizacional!? Não se justifica. É o grande erro do PS.

Será que o Partido Socialista menospreza o lugar de Presidente da República, o lugar maior da política portuguesa?! Não faz sentido.
Por isso, eu proponho:

Dois anos antes das Eleições Presidências todas as federações do PS, após ouvir todas as concelhias e secções, entregariam à comissão nacional uma lista dos nomes presidenciáveis pelo PS. A comissão nacional criaria assim uma lista dos dez, ou vinte, nomes mais indicados, que devolveria a todas as federações para que se realizassem eleições internas com o voto de todos os militantes.

Caberia ao Presidente do Partido, após esses resultados, convidar o nome mais votado para ser o candidato do PS a presidente da Republica. Se este pessoalmente não estivesse disponível convidaria o seguinte da ordem da eleição, até se encontrar um candidato disponível.
Para que um ano, ou ano e meio, antes das eleições, todos os socialistas soubessem quem iria ser o seu candidato, e por outro lado, o candidato soubesse que iria ser apoiado pelo partido.

Seria o compromisso. A regra a criar. E a cumprir.
E acabava-se de vez com esta indecisão de se saber quem se deve ou não deve apoiar, e assim entregar o lugar maior da política portuguesa aos nossos opositores, porque, internamente, não conseguimos organizar-nos nem usar a forte estrutura que temos para caminharmos todos num único sentido, o da vitória. Viva o PS.

Militante 96483

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