quarta-feira, março 15, 2006

Portugal — Sua História e Lugar no Mundo


(Artigo recuperado)


Portugal — Sua História e Lugar no Mundo


Descendentes de vários povos anti­gos — celtas e iberos — e das influên­cias de outros povos de outras re­giões através das invasões — feníci­os, gregos, romanos, bárbaros e ára­bes — Portugal nasce, tornando-se independente do reino de Leão e forma-se através da reconquista dos cristãos aos árabes, criando as fron­teiras com que hoje se limita após 850 anos de história, sendo o país geograficamente mais antigamente de­marcado.

A sua boa localização geográfica, a antiguidade do seu povo e as influências de conhecimentos de outros po­vos, fazem com que os lusitanos se lancem na descoberta de outras re­giões pela curiosidade e, mais tarde, pelo comércio.

Iniciada pela mais famosa escola de navegação, fundada por D. Henri­que, a conquista e descoberta de ou­tras terras iniciou-se pelo Norte de África, seguindo-se Açores e Madei­ra e toda a costa africana, chegando onde nenhum outro povo havia che­gado, ao Cabo da Boa Esperança e de seguida ao caminho marítimo para a Índia. A par de Portugal, ou­tros povos europeus viajaram para ocidente, descobrindo a América, nomeadamente a Espanha, com a qual Portugal, no auge do seu impé­rio, divide todo o Mundo.

O movimento dos portugueses por todo o Mundo visava a colonização de uma raça considerada superior, a evangelização do cristianismo e o comércio de bens como especiarias, ouro, seda, etc. Com todo este comércio, os reis portugueses fazem de Portu­gal um dos países mais ricos e com vasto império colonial.

Esse império é ambicionado por outros países. Por crises internas, Portugal é afectado por guerras. E é ocupado por Espanha, durante seis décadas. Restaurada a independência, Por­tugal continua a explorar o seu impé­rio, agora mais voltado para o oci­dente. Do Brasil chegam grandes ri­quezas e o poder português coopera com outras potências europeias. São assinados tratados comerciais de impor­tação e exportação de bens, em que Portugal se destaca com o vinho do Porto.

Portugal começa a perder o impé­rio. É devastado com as invasões francesas. Dá-se o terramoto de Lis­boa. A família real portuguesa foge para o Brasil. Há divisão de poderes e o Brasil toma-se independente da metrópole.

Consequência da revolução indus­trial, com o progresso tecnológi­co, e da revolução francesa, com o progresso cultural e social, Portugal perde poder relativamente aos países europeus. Dá-se a partilha de Africa. Portugal torna-se um país republi­cano e entra na Primeira Guerra Mundial. O regime absolutista por­tuguês impera e tenta manter o anti­go império colonial enquanto que to­dos os outros países europeus dão independência às suas colónias. Não participando na Segunda Guerra Mundial, Portugal vê-se, no entanto, forçado a guerras coloniais por todos os países que desejam a independên­cia.

Dá-se a revolução da liberdade no 25 de Abril e Portugal entrega e abandona todas as antigas colónias a si próprias, ficando só com os Açores e a Madeira que acabam por se tor­nar regiões autónomas.

Actualmente, Portugal é um país de pouco poder económico, compen­sado em parte pela adesão à Comu­nidade Económica Europeia, actual União Europeia, social e cultural, com tendência a homogeneização a todos os níveis.

Portugal, sendo actualmente um país democrático e livre, civilizado e moderno, pactua com todos os países em tratados internacionais de inte­resses mútuos. E destacado pelos ou­tros pelas referências à sua gloriosa história, que deixou marcas por to­dos os cantos do Mundo, desde Timor e Índia, pela Africa, até à Amé­rica, e todos os emigrantes em todos os países dignificando a nossa cultu­ra, a oitava língua mais falada, os nossos feitos, os nossos descobrido­res, os nossos artistas e poetas, os nossos povos trabalhadores, o nosso futebol, o nosso folclore e o nosso fado.


Sá Lopes

(Ano de 1996)

Sem comentários: